Anos atrás, quando ainda era engraçado falar de Tinder, geral implicava com o clichê do Amo viajar na bio. Claro que você ama viajar. Todo mundo ama! Eu não sei mais sobre você agora do que eu já sabia antes. E quando a bio não fala de viajar, aparece uma variação igualmente genérica — curto uma série, ir ao cinema, ouvir música. Seria mais prático botar homo sapiens na bio e deixar a pessoa deduzir o resto.
Isso era antes. Eu não faria essa piada agora. Primeiro porque, na minha recém-adquirida condição de mulher madura, eu reconheço no amo viajar de um pretendente o anseio desesperado por conexão humana que habita em todos nós. Eu amo viajar! Eu amo séries. Eu amo todas as coisas que você ama. Por favor, me dá uma chance… eu preciso de alguém!!
Segundo que eu me dei conta de que esse tipo de bio talvez não seja tão genérico assim. A mina do time azul em Ilhados com a Sogra tá morando com a mãe aos TRINTA E NOVE ANOS pra torrar a grana extra em viagem. Ela sim AMA viajar. Eu? Nem tanto. E filme? Pablo Villaça assistiu trezentos e cinquenta filmes esse ano; eu revi Shrek 1 em agosto e a minha resenha foi de que essa é “sem brincadeira uma das grandes histórias de amor”. Claramente o meu apego ao cinema é o vago entusiasmo da pessoa burra. Nada que justifique um amo filmes na bio.
Mas e a música? Amo ouvir música é talvez o mais universal dos clichês: um interesse que não exige nenhum dinheiro, esforço ou discernimento. Seria inclusive mais difícil EVITAR ouvir música; eu mesma esses dias arrumei o quarto cantando o jingle novo da Pampers. (Pro meu terror, todas as propagandas que eu recebo no Youtube são de fralda, Clearblue e ácido fólico.)
Gostar de música eu gosto— o que eu não posso dizer é que eu entendo de música. Deus sabe quantos namorados já tentaram me ensinar o que é um acorde. Em vão! Nem lançamento eu acompanho. Se hoje eu sei que o hit Eu só boto piroca na minha bunda / Quando o Tio Sam / Chupar o meu grelinho é uma versão de “Chiclete com Banana” do Jackson do Pandeiro cantada pela inteligência artificial na voz da Pabllo Vittar — frases exaustivas — é de ter ido atrás de entender que MERDA é essa que os gays que eu sigo tão cantando.
Pra tirar o atraso, eu me comprometi a ouvir TODAS as onze indicadas a Record of the Year e Song of the Year nos Grammys 2024 e formar uma opinião. Qualquer opinião. E pra me ajudar, eu convidei a ILUSTRE
, do blog . Bem-vinda, Isa! Ao trabalho!1. ANTI-HERO, Taylor Swift
Eduardo Paes, prefeito do Rio de Janeiro, anunciou ontem que vai homenagear a vinda da Eras Tour ao Brasil projetando uma foto da Taylor Swift na estátua de Jesus Cristo. Nações já entraram em guerra por menos.
A mim não me importa. Eu não sou alguém que tem interesse em ouvir, discutir ou estar ciente de taylor swift— o que é uma pena, já que essa é exatamente a tarefa que me cabe. Anti-Hero, a música do it’s me, hi, I’m the problem, it’s me, é a nossa primeira indicada ao Grammy (Song of the Year e Record of the Year).
Impressionante o quão pouco acontece nessa música. Melodia, letra, timbre, tudo; parece que eu mastiguei um chiclete que alguém já tinha mascado e tirado todo o sabor. Relendo minhas anotações, eu reparei que não consigo nem LEMBRAR como a música é. Não deixou nenhuma impressão no espírito. Termina parecendo que não começou. Nada contra! Toda expressão artística é válida, mesmo que a arte em questão seja feita pra se ouvir ao longe provando uma calça apertada demais no quadril.
Não deixa de ser engraçado (de um jeito mórbido) ter uma música tipo Anti-Hero concorrendo, e talvez ganhando!, na mesma categoria de Unforgettable, do Nat King Cole, ou Smooth, do Santana. Podia não ter todo ano o prêmio. Só quando faz sentido… quando a safra foi boa. Quem que tá indicado? Taylor Swift? Miley Cyrus? Pode pular. Ano que vem a gente vê.
Isa —
graças a Deus, eu e você vivemos em uma época em que é muito fácil fugir do rádio. vinte anos atrás, a presença dele era constante: pessoas tinham rádios em seus quartos para poder fugir daquela solidão excruciante do dia-a-dia, a sua única opção musical no carro era escutar os hits do pop rock juvenil na Atlântida ou [insira uma estação da sua região aqui] e apresentadores locais eram reverenciados como se fossem divindades. que bom que hoje em dia, se eu não quiser escutar Anti-Hero, eu não preciso
o negócio é o seguinte: eu gosto muito da Taylor Swift — sou uma mulher branca nos meus 20 e poucos anos, é meio que obrigatório. mas Anti-Hero ultrapassa qualquer nível aceitável de liricismo adolescente que essa mulher de 33 anos é conhecida por praticar. tudo bem que todo mundo é adolescente pra sempre, mas não precisa deixar tão explícito assim. existem canções da Vagabanda mais emocionalmente maduras que isso, porque a Marjorie Estiano entende muito mais sobre o mundo do que Taylor Swift jamais entenderá. Você Sempre Será é automaticamente superior só por não ter essas imitações baratas de bateria do Phil Collins por toda a música
e além disso, o problema nem é a Taylor Swift que nem ela diz no refrão. o problema é o capitalismo desenfreado e o aquecimento global. coisas que ela nunca contribuiu para piorar
2. VAMPIRE, Olivia Rodrigo
Vampire, outra indicada a Record e Song of the Year, já abre sendo duzentas vezes mais interessante que Anti-Hero só de ser interpretada por uma vocalista capaz de variar a voz de um verso pro outro. Tem até uma virada de melodia! E depois outra! Mais importante: depois de terminar a música, eu senti vontade de ouvir ela de novo— o que é mais do que eu posso dizer de toda a discografia da Taylor.
É música de adolescente, e eu adolescente teria adorado. Fácil me imaginar ouvindo Vampire e chorando em cima do pão na chapa às 7h15 da manhã antes de ir pra escola.
Isa —
toda pessoa no mundo precisa de uma estrela pop pra chamar de sua, e a Olivia Rodrigo é a minha. esse estilo 2000s revival que ela carrega é exatamente o tipo de coisa que eu quero da minha música pop — odeio quando alguém tenta algo novo. só quero que regurgitem pra sempre os mesmos conteúdos que eram populares quando eu tinha dez anos de idade. ela quer ser a Avril Lavigne? graças a Deus. tem cantora por aí que quer ser a Kelly Key
Vampire é mais uma canção de Olivia Rodrigo sobre o seu ex — que não é um vampiro de verdade, mas se um vampiro real já é sexy, imagina um vampiro metafórico então? tesão puro. Vampire é tão dramática que é quase uma música do Yeah Yeah Yeahs, e se tivesse um pouquinho mais cristianismo envolvido, seria facilmente uma canção do Sufjan Stevens. a Olivia Rodrigo é uma drama queen. ela faz isso de propósito. o negócio todo dela é meio Garotas Malvadas. uma perfeita patricinha de Beverly Hills. e uma garota tão anos 2000 que escreveu uma canção pop com 4 minutos de duração
3. FLOWERS, Miley Cyrus
Flowers não parece uma indicação justa. Eu não gosto da ideia de uma música que é basicamente outra música ganhar um grammy. Longe de mim ser estúpida o bastante pra achar “errado” usar sample, mas é diferente se o sample é a música inteira.
O que muda mesmo é a letra — de I should have bought you flowers pra I can buy myself flowers —, e o engraçado é que isso parece um passo pra trás? Bacana da Miley descobrir o amor próprio (nunca é tarde!), mas o eu lírico do Bruno Mars reconhecer que foi um BABACA com alguém é bem mais interessante. E o Bruno Mars canta melhor e não ganhou o Grammy; perdeu Best Solo Pop Performance pra ROYALS, da Lorde, o que é muito mais justo.
Isa —
quer dizer então que isso é praticamente um cover de uma música de dez anos atrás do Bruno Mars? não sabia. meu cérebro decidiu apagar todas as memórias relacionadas à música pop do início dos anos 2010. a gente passou situações muito deploráveis naquela época. era Happy de um lado, Roar do outro. mas o que importa é que sobrevivemos
Flowers é uma música. certamente uma das canções que já existiram. é inegável o talento da Miley Cyrus de mudar completamente a sua personalidade a cada lançamento de álbum novo. ela é o novo camaleão do rock — exceto que toda estética nova dela parece mais insincera do que a anterior. tudo que ela diz eu acredito o contrário. você pode comprar flores pra si mesma? duvido. você precisa que alguém te dê um buquê de hortênsias. ah não sei o que we like to party você quer ficar em casa sábado de noite jogando League of Legends. eu estou de olho em você, Miley Cyrus. parece até que você tem uma personalidade secreta
4. KILL BILL, SZA
Ctrl foi um álbum muito importante pra mim na pior fase da minha vida. O coitadismo da SZA me acolhia; se essa mulher maravilhosa pode sofrer por amor, não sou eu que vou ficar de fora dessa!
Cinco anos depois, me entristece ver ela cantando sobre as mesmas coisas: o cara que gosta de outra, o cara que trai ela com outra, a outra que é traída com ela. Não aconteceu mais nada na sua vida desde então? Nenhuma alegria? Nenhuma conquista? SZA me parece o tipo de pessoa que faz uma piada sobre se matar no meio do rolê e em vez de rir fica todo mundo com pena. Meio baixo astral.
Das 23 faixas de SOS, duas são boas: Low e Love Language. Love Language foi indicada a Best Traditional R&B Performance, Low a Best Melodic Rap Performance — uma distinção que eu não saberia explicar — e Kill Bill a Record e Song of the Year. São nove indicações ao todo, o maior número desse ano. Sucesso! A mulher vive pra ser triste mais um dia.
Isa —
então, Kill Bill é uma música muito boa — e os meus pensamentos em relação a ela praticamente começam e terminam aí. é complicado quando alguma coisa é ótima porque aí é mais difícil encontrar coisas pra falar sobre
tantas canções no mundo tentam fugir disso, mas a verdade é que pelo menos 75% das músicas lançadas anualmente são sobre querer matar o seu ex, algumas só conseguem esconder esse sentimento melhor do que outras. mas a SZA não quer saber disso: ela quer e vai matar o ex. eu admiro isso. gosto de gente com atitude
5. NOT STRONG ENOUGH, boygenius
Not Strong Enough parece música cristã. Música de igreja jovem.
Isa —
tá, eu falo sobre essa então. 2023 foi um ano surpreendente porque eu descobri praticamente ao mesmo tempo que eu gosto muito de Phoebe Bridgers, Julien Baker e Lucy Dacus — e eu juro, eu prometo que não tem nada a ver com o fato das três serem as mulheres mais bonitas do mundo
o supergrupo boygenius apareceu na cena indie esse ano como um furacão trazendo devastação, uma infinidade de fãs jovens adultas e, por algum motivo, um hate completamente bizarro vindo de setores mais irritantes da sociedade — hate esse completamente desproporcional, considerando que o som delas é basicamente o que uma inteligência artificial despejaria se fosse pedida para escrever um disco de indie rock. eu amo boygenius, mas é um fato que o som delas é extremamente genérico. você chuta uma árvore no Bandcamp e aparece uma dezena de Lucy Dacus. mas nenhuma delas é tão bonita quanto a original
6. ON MY MAMA, Victoria Monét
Chega a ser engraçado ouvir as indicações em sequência e ir de boygenius pra On My Mama. A complexidade da produção, o carisma da Victoria Monét…. a música é GOSTOSA de ouvir. Não parece um negócio que indicaram por obrigação porque fez sucesso. Faz sentido ela tar aqui.
Num mundo justo a Victoria com certeza ia ganhar, o que torna muito baixa a chance de que ela de fato ganhe. Ainda assim, se Deus quiser, ela surfa essas indicações e deslancha de vez. Um adendo: pra quem nunca ouviu falar da gata, essa música de 51 segundos é uma das minhas preferidas.
Isa —
eu não faço ideia de quem é essa mulher, mas depois de escutar On My Mama, eu posso ao menos afirmar que ela não foi gerada por algoritmo. incrível escutar algo com tanta personalidade assim sendo indicado para os Grammys, uma premiação conhecida por punir com um ostracismo ensurdecedor qualquer desvio da norma
Victoria Monét é mais uma expoente do r&b empoderado, gênero criado pela cantora e flautista Lizzo — e após o falecimento da mesma, o mundo precisava de uma nova face para esse tipo de música. não sei vocês, mas eu tô empoderada aqui. On My Mama é uma canção com muito swag, e músicas com essa característica sempre vão fazer sucesso, não importa a época em que forem lançadas. 97% do sucesso do Bruno Mars você pode botar na conta do swag. o povo adora música feita pra quem transa. On My Mama não é necessariamente música pra transar, mas é música pra quem transa. existe uma diferença aí
7. WHAT WAS I MADE FOR?, Billie Eilish
Tem duas músicas do filme Barbie indicadas nas categorias Record e Song of the Year — cada uma pegando a boneca em um momento diferente da crise existencial. Essa aqui é super bonitinha. Mas já tem tanta coisa bonitinha no mundo…
Da música em si eu até gosto. O que me incomoda mesmo em What Was I Made For? é o refrão I don't know how to feel. Como assim não sabe? Você é a artista! É seu TRABALHO articular como você se sente. É o propósito inteiro da coisa!! Não te veio uma imagem à cabeça? Uma coisa poética? NADA? Se eu postar um texto dizendo que me faltam palavras vão me indicar ao Jabuti? Deus queira. Tem muita estante aqui em casa pra encher.
Isa —
Barbie (O Filme) [O Filme da Barbie] talvez tenha sido a primeira película da história em que as músicas escritas para o filme não sejam as maiores bombas já produzidas pela humanidade. já passamos por tanta coisa triste: *NSYNC se reunindo e gravando música pra sequência de Trolls, I Don't Want To Miss A Thing sendo despejada no planeta Terra por intermédio de Armageddon — mas Barbie não. eu amo a versão de Barbie Girl da Nicki Minaj com a Ice Spice, a música da PinkPantheress é incrível e Speed Drive, da Charli XCX, é igualmente perfeita. What Was I Made For? é legalzinha também
a grande canção emocional de fim do filme é uma balada meio genérica da Billie Eilish — ou seja, é uma música de trilha sonora ideal. talvez eu simplesmente seja velha demais pra entender de verdade qual é o apelo da Billie. eu posso até gostar de uma Happier Than Ever de vez em quando, mas eu sinto que ter 27 anos nas costas me impede de ver o que pessoas mais jovens enxergam nas composições dela. o peso da idade nos tira muitas coisas. eu nunca vou gostar de bad guy
Laurinha —
Eu gosto de bad guy….
8. DANCE THE NIGHT, Dua Lipa
Nesse ponto da lista nós chegamos a uma distinção meio constrangedora: músicas indicadas a Song of the Year — ou seja, a canção como está escrita — mas não a Record of the Year — a canção gravada. Olha, no papel é ótima…
Dance the Night foi ouvida 500 milhões de vezes desde a estreia de Barbie; por quem, não se sabe. Eu gosto dessa música, mas não acho que ela devia ganhar nenhum prêmio. Se tivesse uma categoria Melhor Canção Divertida, ou Melhor Música de Lavar Louça, tudo bem. Mais que isso parece exagero.
Tendo dito isso, o meu ponto fraco é que eu acho a Dua Lipa a mulher mais bonita do mundo. Inclusive continuo achando mesmo ela tendo pintado o cabelo com papel crepom. O que é que faz as morenas mais lindas da nossa geração pintar o cabelo?? Mulheres…..!!!! A asa da graúna!!!!!
Isa —
espera aí: como assim a Dua Lipa participou do filme da Barbie? eu não me lembro dela em nenhuma cena e eu assisti o filme todo — exceto por aqueles dez segundos em que eu me abaixei para amarrar o cadarço. enfim, o que importa é que Dance the Night é, certamente, uma música da Dua Lipa para o filme da Barbie. mas tudo bem, porque uma música mais do mesmo dela já é melhor do que a discografia inteira de 70% das cantoras pop da atualidade.
eu posso dizer com propriedade que Dance the Night é muito melhor do que qualquer coisa já feita pela igualmente recém-ruiva PRISCILLA
9. A&W, Lana del Rey
Diz a Lana del Rey ter descoberto só esse ano que o artista precisa MANDAR as coisas dele pro Grammy pra ser indicado a um prêmio. Deve ser verdade, porque esse ano ela foi indicada mais vezes ao Grammy do que em todo o resto da vida.
Na tradição de Bruna Marquezine, os prêmios que a Lana de fato ganha são tipo Melhor Álbum Internacional de Música Alternativa nos Prêmios Húngaros de Música. Uma pena. Ela tem pelo menos quarenta músicas melhores que essa e que nunca foram indicadas a nada. Se ela ganhar com A&W vai ser igual quando dão o Oscar pra um filme merda de um diretor foda que por acaso nunca ganhou porra nenhuma. Por mim tudo bem. Dá isso aí logo pra coitada antes que ela aposente.
Isa —
sete minutos de Lana del Rey? pra mim tá ótimo. não tenho problema nenhum. eu amo essa fase da carreira dela em que a vibe pop americano dos anos 40 fica cada vez mais forte — as músicas que ela escreve hoje em dia parecem composições feitas pro Frank Sinatra. toda a estética eu sou americana e amo meu país faz muito mais sentido quando a sonoridade é essa. e é americana mesmo, porque Lana del Rey jamais falaria a palavra estadunidense
a única diferença é que, nos anos 40, não podia falar a palavra puta nas músicas. você entrava em uma lista do governo federal como uma artista que patrocinava o comunismo. ainda bem que ela vive nos anos 2020, que são levemente menos fascistas do que aquela época. nunca que a Lana ia sobreviver ao macarthismo. A&W é uma boa canção.
10. WORSHIP, Jon Batiste
Tem música que é indicada porque faz sucesso. Flowers passou o ano todo em #1, Anti-Hero quebrou algum recorde que a própria Taylor tinha emplacado. Isso não quer dizer nada. Os Grammys gostam de indicar todos os hits do ano e aí dar o prêmio pra uma pessoa aleatória. Ano passado quem ganhou Album of the Year foi o equivalente americano do trabalho que o Tuca da Grande Família faz no Caldeirão com Mion.
O Tuco em questão é o Jon Batiste, que liderava a banda de um talk show até ganhar, no mesmo ano, um Oscar e cinco Grammys. Ótimo! Esse ano ele não ganha nada. A música é muito ruim. Indicaram por educação porque ele foi indicado onze vezes ano passado e se não dessem nem umazinha pra ele esse ano ia ficar feio.
Isa —
desculpa, eu só escuto músicas que existem.
10. BUTTERFLY, Jon Batiste
Essa não deu tempo de ouvir.
Isa —
novamente estão indicando canções de artistas que não existem. tentei procurar por isso no Spotify e o aplicativo fechou sozinho na hora. acabei de receber uma ligação no meu telefone fixo, mas estou com medo de atender.
É isso! Esses são os onze indicados a Record e/ou Song of the Year nos Grammys 2024.
Seguindo a longa tradição democrática do Respondendo, cabe agora a VOCÊ, leitor, escolher quem DEVIA ganhar o Grammy e quem VAI ganhar o Grammy. (Não cabe onze opções na enquete então eu botei só as legítimas.)
ENQUETE
A partir do consenso de milhares de leitores, estarei em breve fazendo minha fézinha de vinte reais. O futuro depende de nós!
poucas emoções que tive online se comparam ao puro terror que eu senti quando anti-hero de repente escalou pro topo da enquete. a única sensação comparável é a de abrir a porta de uma sala cheia de estranhos e todos eles imediatamente virarem pra você
Demorou, mas o Respondendo entrou numa das minhas categorias favoritas de leitura: reviews sobre assuntos que sou completamente distante. Adoro ser uma tela branca pronto pra receber o talento do verdadeiro artista. Não ouvi uma música sequer dessas e já virei fã, por exemplo, de Vitória Monet. Vou ouvir? Provavelmente não. Mas adoro ter um favorito e junto disso uma opinião (mesmo não sendo minha). Obg Laura e Isa. Infelizmente TS vai ganhar.